Ontem, depois de mais um dia, cheguei a casa tarde e cansado, por chegar tarde tive de jantar sozinho o esparguete à bolonhesa. Solitário, procurei a companhia da televisão e num sapim dei de cara com a grande entrevista, em direto na RTP Informação cujo a convidada de ontem foi a Joana Amaral Dias, fundadora do novo partido português AG!R, que também é o nome de um cantor de Hip-Hop. Curiosamente se procurarmos no Google por essa palavra, aparece mais informações sobre o cantor do que propriamente do partido. AGIR é filho de um grande cantor português, Paulo de Carvalho e canta temas como, "Wella" ou então "Deixa-te de merdas".
Vamos voltar a conversa para o AG!R que deu origem a este artigo.
Com
esparguete a mistura comecei então a assistir a grande entrevista.
Para
além da demagogia de sempre, presente em quase todo discurso político da
atualidade, achei bastante interessantes duas ideias da entrevistada.
Irritava-me um pouco quando começava a bater no ceguinho Governo, sem
apresentar uma proposta ou solução viável, mas contudo apresentou um discurso que toca duas ideias, que serão o futuro da democracia. Eliminação da Esquerda/Direita
e a Democracia participativa.
Joana
Amaral Dias com o seu AG!R vem dizer que não se querem posicionar nem a
direita, nem no centro, nem a esquerda. Hoje em dia, essa coisa da
esquerda/direita fruto da revolução francesa é uma ideia que, felizmente ou
não, vai ficando ultrapassado tendo em conta as próprias políticas que vão
sendo implementadas pelos vários partidos, tanto a direita como a esquerda. A meu ver, essas referências fizeram com que surgisse duas torres políticas
poderosíssimas por onde circula o poder. Ou seja, a política esta entregue a estas duas torres, que se apropriaram completamente do poder político.
Em
segundo lugar, gostei de ouvir ela dizer que o AG!R quer ouvir as pessoas, deu
também exemplos que apontam claramente para a Democracia Participativa, que
terá de ser, uma das evoluções obrigatórias desta democracia representativa que
já esta verdadeiramente gasta e corrompida. Joana Amaral Dias fala de
"aprofundamento da democracia".
Contudo,
faço um aviso em tom de presságio, qualquer programa político, a ser aplicado nos moldes da democracia representativa, muito dificilmente terá o sucesso pretendido.
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