Os serviços de informações em
Angola são sem sombra de dúvidas uma das mais bem organizadas e com as melhores
condições em África. Além do que, são extremamente eficientes (ou eram) quer
para o bem como para o mal. Mas algo fora do comum está a acontecer,
informações que normalmente não saíam do país estão a sair e quando saíam no passado tinham um impacto insignificante na opinião pública da comunidade
internacional.
Acontece que nos últimos tempos as
coisas estão a mudar de rumo, muito se houve falar. Jornais internacionais, a amnistia internacional e até temos grandes nomes da New York Times a escrever sobre a realidade de Angola.
Tudo parece ter começado com
Rafael Marques e o seu “Diamantes de Sangue” e agora está a ganhar outras proporções
com o “Ferramentas para destruir o ditador e evitar nova ditadura — Filosofia
política da libertação para Angola” do jornalista angolano Domingos da Cruz.
Apesar do soar dramático, o
Ministério Público angolano fala de atentado contra José Eduardo dos Santos e
golpe de estado.
Laurinda Gouveia, uma das
ativistas (não estava no encontro) que escapou ao arresto de 20 de Junho retoricamente
interroga: “Como é que seria possível 13 pessoas, que estão apenas a ler um livro, estarem a preparar um golpe de Estado?"
Isto são sinais dos tempos, já dizia o ditado: água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.
Que venham as mudanças, mas que venham com responsabilidade.
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