Na Suíça seria uma “lição
democrática” na Grécia alguns chamam-lhe de “marosca”.
Nas últimas semanas tivemos lições de como não ser solidário com o problema dos outros, onde os
países europeus foram uns excelentes professores.
Os mesmos professores que
ajudaram o aluno indisciplinado a cavar o seu próprio buraco e a se enterrar
até ao pescoço.
Só um cego não vê que o
partido no governo na Grécia foi obrigado a se vergar ao extremo, diante de uma
Europa controlada pela Alemanha.
Começaram radicais,
acabaram vergados e moderados.
Os credores têm a faca, o
pão e o queixo na mão (= a dinheiro), portanto, não há negociação que lhe
valha, ou fazem o que a eles impõem ou não.
Sair do Euro ou sujeitar
a população Grega aos caprichos dos credores (austeridade à moda da Alemanha) é
uma escolha difícil. A opção de escolher deve ser dada ao povo, aos coitados
que vão sofre quer com uma, quer com outra opção.
E a coragem de dar essa
prorrogativa ao povo é de salutar, logo, não acho que seja uma “marosca”. No meu
ver o Syriza verga-se, mas com humildade. Mesmo contra a sua vontade, estão
dispostos a dar costas a tudo aquilo que os criou se o povo assim optar.
Lembre-se que o Syriza vai fazer um apelo ao "Não" no referendo.
A isso chamasse
responsabilização, direito de decisão, chamasse democracia participativa. Onde
as pessoas são chamadas à responsabilidade, não de cinco em cinco anos mas nas
decisões que verdadeiramente afetará as suas vidas.
Não é ao Syriza que cabe
decidir o futuro da Grécia, esse é um poder dos gregos.
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