"Inferno com ar de paraíso" - I


Escrevo-vos em 2014, em pleno século XXI, nesta era dita avançada existe um país que, apesar dos pesares, é a 5.º maior economia do mundo, contudo ainda recebe impostos anuais de 14 países africanos. 

Na época colonial quando os colonizados pelos franceses sonharam com a independência, a França impôs como condição, para não destruir tudo antes de sair, um pacto colonial que inclui a obrigação de pagar impostos anuais e um conjunto de componentes, tais como:

  1. Dívida Colonial pelos benefícios da colonização Francesa;
  2. Confiscação automática das reservas nacionais;
  3. Direito de preferência sobre qualquer recurso natural, descoberto no país;
  4. Prioridade para os interesses das empresas franceses em contratos públicos e licitação pública…Etc (vejam o resto da lista)

Isto porque a França quando deu a independência a Guiné-Conacri (primeiro a pedir a independência em 1958), três mil franceses deixaram o país, levaram todas as suas propriedades e destruíram tudo que não pudesse ser movida: escolas, creches, edifícios da administração pública; carros, livros, remédios, instrumentos de pesquisa, tratores foram esmagados e sabotadas; cavalos, vacas nas quintas foram mortos, e os alimentos nos armazéns foram queimados ou envenenados.

Então os que se seguiram na vontade de serem independentes aceitaram esse tal pacto colonial para não lhes acontecer o mesmo.

França expulsou do seu país em 2013 cerca de vinte mil ciganos. Em 2012 já havia expulsado oito mil.

Isto tudo para apresentar, o país que esta por trás da polémica reportagem que chocou todos os Cabo-Verdianos, ou pelo menos alguns, pois uns quantos até ficaram contentes (tristeza).

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