Renamo vai contestar as eleições

Foto do Jornal Online Observador
Segundo os resultados provisórios divulgados o partido Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique) e o seu candidato, Filipe Nyusi, com 62% dos votos venceu as eleições de 2014 em Moçambique, em segundo lugar com 31%, terá ficado a Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) liderado por Afonso Dhlakama.

A Reuters avançou que Afonso Dhlakama, vai contestar os resultados das eleições de quarta-feira, mas prometeu que “não vai haver mais guerra no país

Em terceiro lugar, ao que tudo indica terá ficado Daviz Simango do MDM (Movimento Democrático de Moçambique) com 7% dos votos que também diz ter conhecimento de vários casos de irregularidades e de fraude.

Os observadores da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (conhecida, em inglês por SADC) liderada pela ministra dos Negócios Estrangeiros sul-africana, Maite Nkoana-Mashabane e da União Africana, consideraram o ato eleitoral aceitável.

A missão da União Europeia que controlou as eleições em Moçambique teve uma opinião diferente e considerou que, apesar de o voto ter decorrido de forma ordeira, a campanha foi “desequilibrada”, com a Frelimo em “clara vantagem”. Isto porque, como explicou Judith Sargentini, deputada holandesa no Parlamento Europeu que liderou a missão, a Frente de Libertação de Moçambique utilizou fundos estatais durante a campanha. Para além disso, terá beneficiado de uma cobertura enviesada por parte dos meios de comunicação do Estado.

Julgo que as opiniões divergem-se porque o conceito de uma eleição equitativa na Europa é muito dissemelhante da Africana, o aceitável para um africano nas eleições não o é na Europa, sem tomar partido de nenhuma das perspetivas (deixou essa deliberação nas mãos do leitor), acho que devemos pesar nisso.

Para além de estarmos perante as primeiras eleições depois do acordo que pôs termo à tensa situação sentida nos últimos tempos, este ato eleitoral foi considerado primordial para a estabilidade económica de Moçambique, que está na mira do investimento estrangeiro depois da descoberta de reservas de carvão e de gás natural. A nação empobrecida regista atualmente taxas de crescimento económico de 8% ao ano.

Portanto, votos de PAZ para Moçambique e com fraude ou sem fraude, que haja PAZ.

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