Mediterrâneo Mar de mortos


Um pouco em seguimento deste excelente artigo, também quero dar a minha palavra sobre esta tragédia diária que faz do Mediterrâneo, um Mar de mortos. Fala-se de 800 pessoas mortas vindos do berço da humanidade, entre domingo e segunda-feira, a guarda costeira italiana intercetou 6500 migrantes clandestinos a bordo. Calculasse que haverá na costa líbia muitos mais à espera do barco para a Europa.

Foto da Globo
De que forma deve lidar a Europa com está situação?

"É fácil, neste tema, encalhar numa espécie de impasse" entre o racismo e a generosidade, quando que, é da própria África que surgem as vergonhosas opções.
Apesar de não ser um defensor asserido do multiculturalismo, também é preciso estar atendo aos discursos anti, encapuçados por uma dialética falaciosa que no fundo querem dizer, não podemos aceitar na Europa mais migrantes vindos de África.

A verdade é que não se pode "abolir simplesmente o problema: integrar toda a gente sem dificuldades, ou fechar a porta a toda a gente sem consequências". A Europa tem de mesmo de "socorrer os acidentados nos percursos clandestinos, perseguir os traficantes, ajudar os países de origem".

O que mais me irrita nisto tudo são os traficantes, geralmente oriundos do mesmo país daqueles que ousam sonhar com uma vida melhor, e que asquerosamente cobram um balúrdio pela viagem, prometem mundos e fundos e depois levam os migrantes para o Mar de mortos.

Aqueles que se sujeitam aos traficantes asquerosos e as viagens perigosas, que invariavelmente os leva a morte, são os sonhadores, os inconformados com a África (dos ricos) que não dá aos seus a riqueza da terra, essa África que, por vezes, nem está nas mãos dos africanos.

As pessoas que escolhem entrar numa vala flutuante a caminho do mediterrâneo, fogem da guerra, sobretudo se estivermos a falar de cidadãos sírios e líbios, cujo países estão em guerra civil desde 2011. Muitos fogem de situações de pobreza extrema nos seus países e procuram condições de vida básicas e um emprego.

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