A fantochada das eleições


As eleições tornaram-se uma fantochada, para Portugal e para mais uns quantos Estados-membros.
Independentemente dos resultados, no final ganha sempre a Angela Merkel, que é actualmente a manda-chuva na Europa. Porém, se no entanto o poder mudar de nome, a situação se manterá.

Quer à esquerda como à direita, aliás, qualquer governo que se forme terá um dever de obediência a Europa e á pessoa que nela manda. Isto acontece, não só porque Portugal e outros estão numa situação deveras fragilizada, mas também porque é a própria conjuntura economia e legislativa que assim o determina. No fundo, a forma de legislar nos países europeus tem retirado, a olhos vistos, soberania aos estados membros.

Atualmente a soberania dos estados são insígnias, onde o poderio económica é quem mais ordena. No caso concreto, o poderio da Alemanha de Angela Merkel.

Há quem diga que a União Europeia terá de ser, no futuro, uma federação ou não será coisa nenhuma. Pelo menos, como federação, votaríamos na pessoa que manda em nós.

Mas a fantochada não é só na tuga, na terra dos camones das ilhas ou também terra dos eurocéticos, um partido com 37% dos votos pode ter maioria absoluta. Que bela democracia. Lá não se pode dizer que a Europa já manda, mas 37% da população pode mandar (escolher pelos) nos outros 63%.

A democracia representativa está a ficar claramente caduca, os ventos já trazem novas boas propostas mas só o tempo permitirá concretizações.

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