CABO VERDE, mas CABO-VERDIANO... Porquê?



As razões por que escrevemos CABO VERDE sem hífen e CABO-VERDIANO com estão nas regras em vigor há cerca de 70 anos e que o Acordo Ortográfico de 1990 não alterou.

EXPLICAÇÃO:
CABO VERDE
(sem hífen)
Só há hífen nos topónimos (nomes de lugares) compostos iniciados por grãgrãoforma verbal ou ligados por artigoGrã-BretanhaGrão-ParáAbre-CampoMira-SintraMontemor-o-NovoProença-a-Nova,Trás-os-Montes.
Exceções: Guiné-Bissau e Timor-Leste.
CABO-VERDIANO
(com hífen)
Há hífen em todos os compostos derivados de topónimos: são-tomensevila-relense, vila-condense, rio-grandense-do-sul.
Nota: Esta é uma regra altamente rentável, pois não há exceções. Poderá acontecer nalguns casos (poucos) coexistir com a forma hifenizada uma grafia aglutinada.
Exemplos: S. Tomé e Príncipe (são-tomense santomense) e o caso mais interessante é o da designação dos habitantes de São João da Madeira (no norte de Portugal): duas grafias hifenizadas (são-joanense e são-joanino) e duas aglutinadas (sanjoanino esanjoanense). O Portal da Língua Portuguesa regista também sã-joanense e sã-joanino.


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